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Atualidades

Mais informações sobre DTM!

ATM significa articulação temporomandibular. Esta articulação é responsável por todos os movimentos que você faz com a boca, existindo uma em cada lado (em frente de cada orelha).

As doenças desta articulação e dos músculos que fazem esses movimentos da boca são chamadas de disfunções temporomandibulares (DTM).

“Pontos Gatilho” e dores de cabeça

Algumas das dores de cabeça tem origem nos músculos que fazem os movimentos da boca e às vezes as áreas que as geram essas dores ficam em locais distantes das áreas que as mesmas são sentidas. Esse mecanismo de dor muscular é chamado de dor miofascial e os pontos doloridos que originam essa “dor a distância” (dor referida) são chamados de pontos-gatilho miofasciais. Esse é um mecanismo muito interessante e responsável por muitos erros de diagnóstico. A dor só se manifesta no local, mas a sua origem está a distância.

Embora atinja milhões de pessoas no mundo inteiro, a DTM é uma doença pouco conhecida. São lesões possivelmente causadas por movimentos desnecessários que fazemos com a boca; hábitos como: ficar batendo levemente os dentes, morder os lábios ou bochechas, posições erradas de trabalho, de dormir, etc. O treino para a eliminação desses hábitos, ou a proteção dos dentes e dos músculos para os que apresentam o bruxismo, pode ser a chave para o alívio dos sintomas da disfunção.

O bruxismo, que se caracteriza pelo apertar ou ranger dos dentes que algumas pessoas realizam durante o sono ou mesmo durante o dia, foi considerado por muito tempo um dos principais fatores que causam DTM. Com a evolução do conhecimento, o bruxismo já é quase descartado como fator que cause dor ou até mesmo a DTM.

O perfil do paciente

O paciente com DTM geralmente é um doente crônico que demora anos para buscar tratamento. Como os sintomas são muito subjetivos e podem estar ligados a outros problemas médicos (depressão, problemas otológicos ou reumatológicos), o dentista, muitas vezes, é o último profissional da saúde a ser procurado.

Você sabia?

Uma questão intrigante é que as mulheres em idade fértil são as mais acometidas pela doença, cerca de nove mulheres para cada homem. Atualmente, também tem sido observado um aumento dos casos de DTM em adolescentes e crianças.

Formas de controle da DTM

Embora se trate de uma doença que possa causar muito desconforto durante anos, o tratamento para esta doença, quando bem diagnosticada, não apresenta grandes dificuldades. Com uma avaliação clínica bem realizada, que conste de técnicas específicas de diagnóstico, o especialista em DTM irá explorar e analisar de uma maneira ordenada as queixas do paciente, e por fim recomendará o controle necessário não só na sua área, como também será feito o encaminhamento do paciente para outros profissionais.

Geralmente o controle das DTMs é simples e conservador, feito por meio de terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular. Na maioria dos casos é necessária a interação de uma equipe transdisciplinar para o melhor entendimento e condutas específicas nas áreas de: fonoaudiologia, neurologia, psicologia, reumatologia, otorrinolaringologia, endocrinologia. O especialista em DTM deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação e encaminhando o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outro profissional de saúde. Só após a avaliação conjunta e simultânea nesses casos, será realizada a terapia.

Os sintomas mais comuns que o paciente pode apresentar:

  • Dor de cabeça de um ou ambos os lados da cabeça mais de dois dias por semana;
  • Um “clique” ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca;
  • Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar;
  • Boca que “fica presa”, trava ou sai do lugar;
  • Cansaço na face ou ao mastigar;
  • Alteração no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam – mordida desconfortável;
  • Ranger ou apertar dos dentes noturno /diurno;
  • Alguns tipos de zumbido nos ouvidos;
  • Dor ou tensão no pescoço referindo dor para a face ou cabeça.

Atenção: fique atento ao diagnóstico!

Cirurgias são de rara indicação para casos de DTM (menos de 1% dos casos). Se você teve algum procedimento cirúrgico indicado, seja cuidadoso. Sempre pergunte qual a porcentagem de melhora após a realização da mesma. Qual é a sua garantia de sucesso: 10%, 20%… ou 90%? Exija essa resposta e pergunte sobre a literatura que suporta esse procedimento.

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